A chuva cai.
Dentro de mim pranto e desalento.
A vida se esconde sente dor e chora.
Como um bálsamo a chuva cai.
Chuva fugaz que acalma
Refresca os anseios e temores
Lava as dores vivas escondidas.
No ar úmido da chuva
Minhas palavras choram como a chuva
Molhando meu lábios sedentos...
No silêncio a verdade se transforma.
O poema inunda a face e o peito invade.
Desdobro tréguas, desenrolo horas...
Na luz uma verdade resplandece
Amar é esquecer-se para o outro
É sentir que a liberdade está perdida.
Se amar é viver do passado
Então a memória do tempo é desventura...
A vida é um traço de palavra impura.
Na teia das frases soltas
Na água da chuva reticências...
Escrevo versos de sedução...
É tempo de querer ao relento...
Se não posso ter aquilo que sonho
Penso sonhos e vivo ventos...