Uma lenda medieval conta a história de um prisioneiro na masmorra do castelo de seu inimigo. A frustração de estar encarcerado era insuportável. Na medida em que as semanas se transformavam em meses e os meses em anos, o pobre coitado acostumou-se à infeliz existência que um destino cruel lhe havia determinado.
Durante mais de 20 anos ele se destruiu em sua cela. Ele nunca via ninguém. Mesmo o guarda, que lhe passava a comida através de uma pequena abertura na porta, permanecia desconhecido. Certo dia, o prisioneiro envelhecido caminhava no chão gelado de sua cela, absorto em seus pensamentos, quando parou em frente da porta e, distraidamente, girou a maçaneta. Houve um rangido forte e lentamente a porta se abriu diante do homem muito surpreso. Exclamou o prisioneiro: - Meu Deus! Durante todo este tempo a porta estava destrancada. Eu nunca pensei em abrí-la.
Quão verdadeiro isto soa hoje para muitos de nós. Somos prisioneiros de nós mesmos. Dos nossos medos, nossos preconceitos, de nossos próprios pensamentos e, certamente, dos nossos hábitos.
Costumamos ficar aprisionados em celas que nós mesmos construímos e ao fazê-lo, desperdiçamos dias e até valiosos anos... deixando passar aqueles que poderiam ser, talvez, os melhores momentos de nossas vidas... às vezes deixamos passar até os momentos de relevante progresso material e espiritual.
Na realidade, só precisamos de determinação e de coragem para tentar girar a maçaneta, abrir a porta. Ao fazer isto, poderemos, com certeza, descobrir um novo lado da vida. Um lado desconhecido, mas que provavelmente, poderá tornar-se atraente, criativo.
Dito isto, não precisa responder a pergunta do título. Afinal no jogo da vida: ganhando, perdendo ou empatando, em regra o elenco é um horror. Portanto, apenas faça uma introspecção. A vida é breve. Tudo passa: ilusão e esperança. Triste é perder os sonhos.
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