APOSENTADORIA. UM PRÊMIO OU UM CASTIGO?
O dia 24 de janeiro, é o Dia Nacional do Aposentado. A data foi instituída pela Lei 6.926, de 30 de junho de 1981. É uma data para homenagens e reflexão sobre a vida de quem já chegou à aposentadoria.
Ao refletir sobre a realidade atual dos aposentados e pensionistas do nosso país, somos chamados também a agir para assegurar-lhes condições de vida digna, respeito e reconhecimento. E tal desafio passa, necessariamente, pela aplicação do Estatuto do Idoso e pela adoção de políticas públicas como recuperação do valor das aposentadorias, correção da tabela do Imposto de Renda, entre outras, etc etc
Ser aposentado é ter mais tempo de estrada, nem sempre com mais vitórias e cicatrizes. Significa mais experiência e percepção mais apurada da realidade. Suas contribuições e ensinamentos não podem jamais serem negligenciados ou desprezados. Não podemos esquecer que a aposentadoria não é o reino da tranqüilidade e da paz. A luta por um tratamento digno não se esgota com a aposentadoria, permanece como um desafio a todos nós. O sistema é frio... pouco ou nada dá... muito toma... amanhã você poderá ser uma aposentado.
Aposentado e velho são tidos como sinônimos. Ao longo da vida se nos apresentam várias aposentadorias: de família, de trabalho e sócio-sexual. Quando vem a aposentadoria... vem o suspiro: - Não sou mais jovem. No teatro da vida não sou mais o "mocinho"... sou o pai do "mocinho(a)". Filhos adultos erguem a voz: "Já sou de maior e dono do meu nariz" e com algumas exceções "em nome da modernidade e da independência" desatinos cometem. A realidade é lamentável. Você aposentado não há de viver se lamentando: - É um desgaste inútil de energia. A revolta não resolve.
A soma de frustrações leva à depressão e à impotência sexual. E aí vem quase o último suspiro: - Não sou mais homem. As mulheres sofrem algumas outras aposentadorias: da mocidade ao nascer da primeira ruga, com a vinda da menopausa e quando ouve - "thau mãe!". Em ambos os casos, eis o campo aberto para doenças tidas como psicossomáticas: fruto das emoções negativas e frustrações.
As políticas públicas fazem que nós aposentados pensemos que, com a idade, se dá o desgaste e a deficiência do indivíduo, diminuindo as aptidões necessárias para o rendimento satisfatório do trabalho. Se isto é assim, perguntamos por que se despede obrigatoriamente o porteiro, o ascensorista, o datilógrafo, a secretária, ou qualquer outro funcionário da empresa etc etc e não se faz o mesmo com o chefe? Por que se supõe que, um aposentado, normalmente, após os 65 anos, não pode ser professor(a), não pode prestar um concurso público, mas pode ser Ministro? Não pode ser chefe de seção, mas pode ser Chefe da Nação? Se você ocupa um posto medíocre, como sexagenário, jubilam-no, mas se você é bispo, deputado, banqueiro, homem de negócios, escritor afamado ou qualquer outra pessoa de prestígio etc etc, estará a salvo, mesmo que sua mente deixe de ser normal e se torne esclerosada e retrógrada. É óbvio que nos achamos diante um contra-senso que tem de ser sanado quanto antes, substituindo-se o critério de idade e de posição pelo de "capacidade e rendimento."
A vida aí está. A realidade da vida aí está. Se ela mudou. Mude com ela. Ponha suas energias a serviço do construir uma nova etapa.
Reconheçamos a importância dos aposentados na sociedade contemporânea. Tenhamos uma atitude de simpatia e respeito pelos aposentados quer sejam homens ou mulheres.
Aposentadoria um prêmio ou um castigo? A resposta é do leitor.
Elvandro Burity
68 anos - Aposentado
RESIGNAÇÃO
(Autora Maria Clara Segobia)
Nascemos e morremos.
Esperança, vida eterna.
Cada qual da sua forma
não há escolha.
Uns nascem e ficam ricos,
outros pobres, miseráveis
vivendo no submundo
O mundo é assim!
Uns estudam.
Tornam-se doutores do bem,
outros doutores de oportunidades,
traficantes, corruptos.
Uns possuem planos de saúde
hospitais no exterior.
Outros esperam na fila do INPS
e morrem sem socorro.
Neste ter e não ter
a lista é longa.
O mundo é assim!
O poder sempre vence.
Brasil! Meu Brasil brasileiro,
agonizas nas promessas não cumpridas
de quem do povão nasceu pobre
sem estudos e mordomias.
Meu Brasil, do carnaval, da alegria,
vendido ao traficante.
Meu Brasil do futebol, o melhor do mundo,
partiram para países ricos, sem amor.
Povo que acreditava, tinha esperanças...
Finge alegrias pra não chorar.
O pobre honesto tornou-se
cego, surdo e mudo.
Meu Brasil! Nosso Brasil!
Vendo tudo paralisado.
Acidentalmente, morre...
Quando próximo sofremos a ausência.
Desconhecidos, agradecemos á Deus
todos os dias por estar vivo
Até quando?
Só resta a resignação,
para isto viemos.
Será?
Esperança, vida eterna.
Cada qual da sua forma
não há escolha.
Uns nascem e ficam ricos,
outros pobres, miseráveis
vivendo no submundo
O mundo é assim!
Uns estudam.
Tornam-se doutores do bem,
outros doutores de oportunidades,
traficantes, corruptos.
Uns possuem planos de saúde
hospitais no exterior.
Outros esperam na fila do INPS
e morrem sem socorro.
Neste ter e não ter
a lista é longa.
O mundo é assim!
O poder sempre vence.
Brasil! Meu Brasil brasileiro,
agonizas nas promessas não cumpridas
de quem do povão nasceu pobre
sem estudos e mordomias.
Meu Brasil, do carnaval, da alegria,
vendido ao traficante.
Meu Brasil do futebol, o melhor do mundo,
partiram para países ricos, sem amor.
Povo que acreditava, tinha esperanças...
Finge alegrias pra não chorar.
O pobre honesto tornou-se
cego, surdo e mudo.
Meu Brasil! Nosso Brasil!
Vendo tudo paralisado.
Acidentalmente, morre...
Quando próximo sofremos a ausência.
Desconhecidos, agradecemos á Deus
todos os dias por estar vivo
Até quando?
Só resta a resignação,
para isto viemos.
Será?
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