Aceite o meu abraço fraternal e poetano com os votos de sucesso.
Com muita satisfação disponibilizo a poesia remetida, via mensagem eletrônica, no domingo, 1 de novembro de 2009 – 23:38
No relógio sete
Inverno de céu azul
Fase de lua cheia
Estrelas o céu permeia
Na ilha agitações
Motivo: Porta-Aviões
O maior, o mais famoso
Da esquadra brasileira
O São Paulo agitou
A nossa ilha inteira
Sua primeira docagem
Exigiu calma e coragem
Da família marinheira
Almirante Régis, o dique
Preparado pra missões
Abrir-se para receber
O imenso Porta-Aviões
Militares e civis
Conhecimentos diversos
Unindo universos
Fase criteriosa
Foi o planejamento
A execução da faina
Realizou-se a contento
Macacões, coletes, capacetes
Espias cinzas e amarelas
Transformaram o espaço
Em uma enorme aquarela.
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A Desdocagem do NAe São Paulo
Manhã sete de outubro
Passa das sete horas
Depois da chuva vislumbro
Poças restam agora
Refletindo tons de chumbo
Rápidas que vão embora
O dia tão cinzento
Sem sol, brilho e calor
Dique vago no momento
Tem homens no seu labor
Fim do enclausulamento
Guiou-o o rebocador
Na ilha imenso vazio
Aeródromo partiu
Desdocou sem um pio
Pouca gente assistiu
Maré alta desafio
De dentro do dique saiu
Diária rotina
A ilha retomou
Lembrança na retina
A atração terminou
Saída em surdina
Logo no cais ancorou.
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Malu Oliveira, setembro/2003
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No ano de 2005 Maria Luiza nos presenteou a poedia SOU MARINHEIRO. Na fotografia da placa a poesia não ficou nítida.
Razão pela qual vou transcrevê-la.
Ao Comandante Hespanha,
Sou Marinheiro
Conheço o navio de proa a popa
Do mastro ao lastro
Do convés ao calado
Em cada partida
Triste despedida
A alegria do retorno
O regresso ao porto;
A emoção do atracar
Mochila às costas
Coração apertado
Ansiando voltar
O mundo esférico
Torna-se pequeno
Diante do meu navio
Que cruza todo o mar
Mar que tem um cheiro
Que reconheço de longe
Encapelado parece
Um potro bravio
Jogando o navio
De lá para cá
Quando liso, parece um tapete
Que nos permite até deslizar
Inúmeras histórias, tenho pra contar
Começam na terra e chegam ao mar
Meu navio, minha armadura
Motivo da minha bravura
Na defesa do que é brasileiro
Pois afinal, sou marinheiro
Hoje, fico no porto, fico em terra
Mas continuo a amar o mar
Um amor mais que verdadeiro
Porque antes de tudo, sou marinheiro.
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, 11 de março de 2005.
Maria Luiza – AMRJ-08