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INFINITO - Vera Lúcia
No futuro que restará, se algo não for feito? Uma imagem? Nem isso, talvez… A recordação da saudade de uma imagem. Não deixemos morrer os sonhos… Não deixemos que tudo passe, com a leveza de um perfuma que se evola… De um som que se cala… O Canto da Terra.
LIVRE
INFINITO - Vera Lúcia
No futuro que restará, se algo não for feito? Uma imagem? Nem isso, talvez… A recordação da saudade de uma imagem. Não deixemos morrer os sonhos… Não deixemos que tudo passe, com a leveza de um perfuma que se evola… De um som que se cala… O Canto da Terra.
LIVRE
(Autoria de Vera Lúcia)
Ser livre…
Deixar para trás os meus desejos
E todos estes loucos preconceitos
E partir,
Partir e ter o ensejo
De ser aquilo que não sou
E que sempre ansiei ser.
Poder caminhar sem um destino
Como errante, pobre peregrino
Tendo apenas como amigas as estrelas,
Contando os meus sonhos só a elas.
Misturar-me com os negros nas sanzalas
Comendo sem rodeios do seu pão,
Ver dançar as chamas das fogueiras
E dormir na dureza duma esteira.
Poder saber por onde vou
E marcar a cada hora o meu dia
Sem sentir a cada passo o grilhão
De se seguir apenas a razão.
Poder provar de cada fruto
Que encontrasse nascendo nos pomares
E poder misturar-me com os miúdos
Descalços, livres, vagabundos,
Que vagueiam às portas dos casais
Sem vãos temores e sem barreiras.
Por este vida simples mas verdadeira,
Eu daria a minha vida só de incertezas
E todos os meus sonhos de grandeza.
Ser livre…
Deixar para trás os meus desejos
E todos estes loucos preconceitos
E partir,
Partir e ter o ensejo
De ser aquilo que não sou
E que sempre ansiei ser.
Poder caminhar sem um destino
Como errante, pobre peregrino
Tendo apenas como amigas as estrelas,
Contando os meus sonhos só a elas.
Misturar-me com os negros nas sanzalas
Comendo sem rodeios do seu pão,
Ver dançar as chamas das fogueiras
E dormir na dureza duma esteira.
Poder saber por onde vou
E marcar a cada hora o meu dia
Sem sentir a cada passo o grilhão
De se seguir apenas a razão.
Poder provar de cada fruto
Que encontrasse nascendo nos pomares
E poder misturar-me com os miúdos
Descalços, livres, vagabundos,
Que vagueiam às portas dos casais
Sem vãos temores e sem barreiras.
Por este vida simples mas verdadeira,
Eu daria a minha vida só de incertezas
E todos os meus sonhos de grandeza.