Constato que o bom e o belo
existem no torvelinho da violência e da discriminação... Como um contraponto bem que as
coisas poderiam melhorar. Por exemplo: os jornais publicariam notícias sem dar manchetes
às maldades que grassam por aí por mais real ou raras que fossem. Infelizmente, não há como negar que a rotina da barbárie entorpeceu as principais capitais e avança pelos rincões do país. Tudo muito grave! Reverter tal pasmaceira eis o grande desafio. Como contribuir para esmagar o mal sem explorar o físico e o
emocional. Um caminho, por mais utópico é reaprendermos o exercício da cidadania, talvez, até com a loucura que, em nome
da maldade, em proporções oceânicas, que se instalou em por aí se inverta e, se transforme em
elemento agregador da grande família chamada de sociedade - composta por gente
de todas índoles: trabalhadora, gentil ou calhorda... Como dizem os
sociólogos, a sociedade é historicamente, em qualquer classe social,
constituída por pessoas de fibra que triunfam sem se corromper.
Muito embora
sejam referências críticas a abordagem de alguns temas trazidos para esta "Conversa
diferente", foge aos apelos e às comédias proporcionados por
exageros que afastam uma realidade. Realidades onde brota a esperança de melhores dias - mesmo desacreditando na justiça e na
igualdade dos homens. "Conversa diferente" não é um desfilar de irrelevantes considerações. Neste turbilhão fiquemos atento às palavras de Pietro
Ubaldi:
"Sem renovação não há vida; o absoluto só
pertence a Deus,
não aos
homens!"
As palavras me "terapeutam" e "catapultam",
preciso escrever... "Conversa diferente" apresenta algumas furtivas facetas de um
mundo onde a realidade e o sonho, por vezes, se entrelaçam de tal forma que é impossível distingui-las. Nas palavras de João Gaspar Simões em
"Mistério da Poesia", encontraremos:
"Não analisamos, não deduzimos, não induzimos,
não abstraímos etc – Somos instinto, somos força da
natureza."
No contraponto invertível,
palavras de Marcial (40-120), poeta e aforista hispano-latino:
"A pessoa capaz de sentir prazer com o próprio
passado vive duas vezes."
Não é leviano afirmar que todos os seres humanos têm bons e maus momentos. Mas, se estiverem "bem resolvidos", passam pelos altos e baixos sabendo que um pouco mais à frente tudo vai melhorar.
Nesta "conversa diferente" o intuito não foi inventar a roda. A ideia foi identificar e reconhecer algumas limitações... Comparando a vida a um corredor pavimentado por emoções, sucessos, fracassos e harmoniosas temporalidades... Onde nada é eterno, a única certeza é a morte e que estamos sujeitos a "Lei das Causas e Efeitos" que declara a semeadura é livre e nos sujeita a um obrigatória colheita...
Que antes de exalar o último suspiro, afirmemos conscientemente:
"Oh! Paradoxo angustiante. Como uma metamorfose ambulante não fiquei parado... Mesmo no acaso do silêncio - Cumpri o dever de cidadão do mundo."