Não ande descalço...
Se a vida fosse uma perfeita alquimia, ao nascer, eu já estaria equipado com as qualidades para atravessá-la sem o menor dilema, percalços, erros ou omissões.
Senti na pela o pouco caso... Vivenciei constrangimentos... Presenciei muitas falsidades e demagogias... Entre outras, escorreguei em atitudes, gestos ou ações que nem Freud, se vivo fosse, explicaria.
Nesta altura da vida, resultante do consumo de várias horas de energia ortográfica, foram escritos mais de 35 livros, publicados vários artigos em antologias no Brasil e no exterior --- com a teimosia e a ousadia que me são peculiares, escrevo do jeito que gosto. Ouso escrever com o objetivo de, nas entrelinhas, informar e opinar, reproduzindo de forma pessoal algo que senti ou vivenciei. "Simples... Mas Complicado..." são deduções e conceitos que registram o ziguezaguear, com a alegria de um marinheiro afastado das lides do mar, com cheiro de maresia num eterno marulhar e no turbilhão do passado escrever - ora com o verbo no singular, pronome "eu" e outras no plural, "nós". Ao digitar pensei alto, falei sozinho... Ficou a certeza de que na dinâmica da vida temos que nos extremos devemos equilibrar... Muitas vezes atropelamos com impublicáveis atitudes e sentimentos. Como em tudo na vida, não devemos perder o foco de que a maior distância entre as pessoas é o mal entendido. Consequentemente, irritar-se com as injúrias é reconhecer que elas têm algum fundamento; desprezá-las é condená-las ao esquecimento. Se você esparrama espinhos - não ande descalço...
"Felizes aqueles cuja vida é pura e seguem a Lei do Senhor. Felizes aos que guardam com esmero Seus preceitos e O procuram de todo o coração e os que não praticam o mal, mas andam em Seus caminhos." (Salmo 118, 1-3)