M A L D I T A
Maldita sejas tu, - ave sem ninho –
Maldita se me fazes sofrer tanto!
Deixaste esta procela em meu caminho...
Que fez de um céu de anil um negro manto!
Maldita se me fazes sofrer tanto!
Deixaste esta procela em meu caminho...
Que fez de um céu de anil um negro manto!
Malditos são teus lábios, - tinto vinho –
Dos quais bebi o fel do desencanto!
Agora, cada flor é um grande espinho,
Motivo dos meus ais e do meu pranto!
Dos quais bebi o fel do desencanto!
Agora, cada flor é um grande espinho,
Motivo dos meus ais e do meu pranto!
Maldito sou também, se em ti inda penso!
Pois sendo quem tu és, não me convenço
Que possas ser capaz de tanto mal!
Pois sendo quem tu és, não me convenço
Que possas ser capaz de tanto mal!
E se hoje este lamento, - quase um grito -
Puder levar meus versos no infinito,
Hei de fazer cessar o vendaval!
Puder levar meus versos no infinito,
Hei de fazer cessar o vendaval!
(Poeta Tom Madureira)