Fevereiro é o segundo mês do ano, pelo calendário gregoriano. O nome
fevereiro vem do latim
februarius, inspirado em Februus, deus da morte e da purificação na mitologia
etrusca.
Por volta do século VI a.C., os romanos adotaram um calendário baseado
nas mudanças de fase da Lua, com 355 dias distribuídos em 12 meses. O ano
começava em março e terminava em janeiro, sendo que os meses tinham 29 ou 30
dias. Fevereiro, o décimo-primeiro mês, era considerado de mau agouro e ficou
com apenas 28 dias. Mas, durante o Império, em 46 a.C., sob o governo de Júlio
César, houve uma mudança significativa: o calendário passou a se basear no
ciclo solar. Os meses, então, mudaram todos para 30 ou 31 dias, somando 365 no
período de um ano. Nesse mesmo período, foi instituído o ano bissexto - mudança
inspirada no calendário dos egípcios -, com um dia adicional a cada quatro
anos. Em 44 a.C., no segundo ano de vigência do calendário juliano, o Senado
decidiu homenagear o imperador e propôs que o mês Quintilis, com 31 dias,
passasse a se chamar Julius (julho).
Três décadas depois, em 8 a.C., o nome do oitavo mês, Sextilis, foi
mudado para Augustus (agosto), em honra ao então imperador César Augusto. Como
um César não podia ter mais dias que o outro, agosto - que tinha originalmente
30 dias - ganhou mais um, retirado de fevereiro, que ficou com 28. Para manter
o critério de alternância do calendário instituído por Júlio César, setembro
passou para 30 dias e assim sucessivamente. Bem mais tarde, já no século XVI, o
papa Gregório XIII inaugurou um novo calendário, corrigindo algumas distorções
do sistema romano. Mas o calendário gregoriano, adotado até hoje pelo mundo
cristão ocidental, não mexeu no número de dias de fevereiro.
O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Fernando Pessoa