Parabéns aos componentes da Turma Iris - Santa Catarina 1957
pelas Bodas de Diamante
"Há uma primavera em cada vida:
é preciso cantá-la assim florida."
Zina Bellodi
(Globo Editorial)
Como se fossem pipas coloridas...
dou asas às lembranças...
Não esqueci os tempos dos meus ontens...
Ao ouvir os solfejos da maré: minha face se criançola..
Recordar é dar vida ao silêncio... É viajar pelo pretérito...
Há pedaços de ontem na lembrança...
Me sinto livre como um vento sem pressa...
Descubro que o longe esteve a uma curva e além do quase perto...
Entre doces recordações, ainda bebo na garrafa da esperança...
15/11/1957
18/11/2017
60 anos se passaram.
Passaram rápido!!! Depois da Solenidade de Juramento à Bandeira... Seguiram-se as movimentações... Uns foram para a Esquadra, bem poucos para uma organização em terra...
No retorno ao Rio de Janeiro, após desembarcar do NTr Ary Parreiras, muitos dos componentes da Turma Iris - Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC) nunca mais se encontraram... Apesar dos divergentes caminhos que cada um trilhou, mister se faz, externar a elevada estima e amizade que tenho pelo colegas de tão longa jornada.
O tempo pode ter apagado algumas lembranças. Mas o orgulho de ter sido marujo continua latente... Relembrando o tempo de Aprendiz-Marinheiro...
Recordando fatos da carreira...
Tempos de sonhos e devaneios...
Tempos de rigorosa disciplina...
Tempos que não voltam mais...
Sem saudosismo curto o passado...
Sem jactância atrevo-me viver o presente...
"A pessoa capaz de sentir prazer com o próprio passado
vive duas vezes."
Marcial (em latim Marcus Valerius Martialis) 38-104 d.C
poeta e aforista hispano-latino.
poeta e aforista hispano-latino.
Aqueles que por aqui estão. Que Deus os acompanhe pelos dias restante
até o desembarque da Nau "Planeta Terra".
Àqueles que não mais estão entre nós o sinal marinheiro de missão cumprida:
Partindo-se da premissa de que é sempre pelo ideal e só por um ideal que os marujos se dedicam... Considerando-se que os marujos sacrificam-se por visões que o vulgo desdenha como ilusões...
Os integrantes da turma Iris/1957 têm muitas razões para ter orgulho de um dia terem sido marujo.
Depois de algum tempo de efetivo serviços, lembrando as badaladas do sino de bordo, você poderá, ao olhar para trás, lembrar dos momentos onde tenha sido potencializado
o cumprimento dos deveres e o exercício dos direitos com liberdade.
Liberdade! Sim. Liberdade de expressão, de opinião, de ir e vir! Claro que não! Refiro-me a liberdade interior externada pelo verdadeiro espírito de doação a Pátria.