Pensando bem...
Depois dos 70 anos a minha capacidade de indignação está mais presente do que antes. O importante é que estou a transferir o que sei e aprendendo o que me ensinam.
Descobri um novo filão de realização pessoal: - O trabalho voluntário com vista a alfabetizar adultos.
Levanto cedo... Ponho-me a olhar o nascer do sol... Não sei se a vida é longa ou curta.
Depois dos 70 anos, também, apurei o meu interesse no adquirir informações que possam contribuir para um envelhecimento saudável. Sofro com o "arrocho salarial" que deságua na incapacidade de arcar com um digno plano de saúde. Mas quem não sofre de tal injunção? Na outra ponta sofro na pele a alta deficiência do Sistema de Saúde que tenho direito. Infelizmente, não estou só neste "descaso" e "indiferença" no trato com os cidadãos.
Antes que qualquer análise quanto às minhas palavras. Permito-me, asseverar que o ato de escrever é um salto evolutivo que proporciona registrar e externar alguns sentimentos... traduzir emoções... Enquanto no falar - as palavras, o vento leva... O escrever é algo com maior abrangência... é um estado de encantamento que permite não experimentar o sentimento "solidão".
Através do escrever é possível experimentar ideias com um lógico e racional encadeamento na organização e interpretação de informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Neste contexto o contraditório fica por conta das análises e avaliações são feitas pelo leitor.
Depois dos 70 anos constato a irreversível característica inerente aos seres humanos do mundo moderno: - o buscar de novas maneiras de se comunicar.
Pensando bem... Cada dia no embate: tempo x espaço x gerações nos deparamos com a dificuldade para assimilar o "moderno"... Na luta pela sobrevivência no "moderno": - cada dia é como matar um leão. Qual o motivo? A Era Digital requer um constante repensar e um nortear de ações que se mantenham agradáveis e saudáveis. Se tal não basta os hábitos e costumes (in)voluem com tal velocidade que fica difícil assimilá-lo com tranquilidade...
Finalizando... Embora seja difícil, é possível superar nossa tendência do ignorar os fatos dos quais não gostamos. Pensando bem... No mundo hodierno, mister se faz que tenhamos a antevisão permissiva de ações proativas na sociedade e não meramente reativas.
Tente o seguinte inventário diário:
- O que fiz hoje de bom?
O que fiz de mau?
O que fiz prejudicar o outro?
Como me sinto?
Como me pareço?
Com certeza, entre as resposta encontraremos a liberdade de escolha do ser humano.