A violência a que
estamos submetidos nada mais é do que uma fotografia, sem retoques do tobogã em
que se transformou a nossa sociedade. Em nossa sociedade crescem,
constantemente, o ódio, a violência e a desigualdade social. Perderam-se os referencias
éticos e morais em relação à vida humana e, infelizmente, também, os
relacionados com a Pátria e à Família. A maioria das casas é murada, com
proteções de ferro. Os edifícios com cercas eletrônicas. Nos veículos usamos
película "INSULFILM™".
Será que existe uma relação entre a pobreza e a marginalidade? O que não podemos é cruzar
os braços e achar que a pobreza cumpre prisão perpétua nas mãos da violência. O
"Estado" tenta ocupar o espaço perdido para um poder não reconhecido.
O trabalho que organizações da sociedade exercitam pelo social, mais do que
nunca, deve ser realizado sem os ranços do clientelismo anacrônico. Será que a
simples instalação de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) resolverão o problema da violência?
Sonhamos
com uma sociedade menos violenta... Sonhamos com o exercício pleno dos direitos
civis e políticos, com o desempenho dos deveres do Estado para com os
cidadãos... Vivemos com o oposto... Fatores que aumentam o risco de uma pessoa
se tornar violenta:
·
Uma
primeira infância negligenciada.
·
Uma
adolescência sem limites morais e uma convivência com pares violentos.
·
A
exclusão social, que por si só, não é um dos únicos motivos para que as pessoas
se envolvam com a criminalidade.
Sem atingir quem
manda no crime, não se consegue controlá-lo. Enxuga-se o gelo da violência.
Violência que existe há muito tempo, em forma de desigualdade social e
jurídica. Violência agora mais evidente e acompanhada de armas, dinheiro e de
substâncias entorpecentes, alucinógenas e excitantes. Nas palavras de Alberto
Dines, jornalista carioca, publicadas no Jornal do Brasil de 10/5/2003: "O crime organizado é balela. O nome correto
é narcoterrorismo".
Infelizmente
não há como negar que a rotina da barbárie de certa forma entorpeceu as grandes
metrópoles e avança pelos rincões do país. Isso é grave! Reverter essa
pasmaceira eis o grande desafio.
Enquanto
isto, por enquanto, a segurança diante da violência é um artigo de luxo. Enquanto isto, as pessoas ficam separadas física e psicologicamente, bloqueadas nos prédios, na solidão em meio a computadores.