O texto que será abaixo transcrito nos leva a corroborar com as palavras de Monteiro Lobato ("Um país se faz com homens e livros.") e outra da autoria de Malba Tahan ("A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê"). Entretanto, não podemos perder o foco de que embora os mestres e os livros sejam importantes auxiliares é do esforço próprio que se conseguem os mais brilhantes resultados.
Dizem que mãe só tem um defeito: - Não ser eterna. O mesmo não acontecem com os livros que em síntese transformam-se no legado registrado através dos tempos... por relatos, convivências, experiências de vida. Tudo isto, se juntado ao talento de quem escrever, terá como resultante um companheiro que aberto é um cérebro que falas; fechado um amigo que espera; esquecido um alma que perdoa; destruído uma coração que chora.
O Instituto Pró-Livro realizou em 2011, um estudo no qual foram entrevistadas mais de 5 mil pessoas em 384 municípios. O levantamento revelou que a média de leitura do brasileiro é de quatro livros por ano, sendo que, somente cerca de 50% da população brasileira cultiva o hábito de leitura. Para fazer uma comparação com outros países, na França a média é de 12 livros por ano, na Espanha, 11, nos Estados Unidos, 10, na Argentina, seis, no Chile, cinco e na Colômbia, dois. Na Noruega, maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo, as pessoas leem cerca de 16 livros por ano. Não é um número tão alto comparado a outros países, mas impressiona o percentual da população que cultiva o hábito da leitura, que é de 96%.
Sem devaneios. O incentivo dado ao estudante para ler deveria começar na escola, mas muitas delas sequer têm uma biblioteca as que possuem -nada mais são do que um amontoado de livros esquecidos e empoeirados. Com esta realidade, o que se pode esperar a não ser grande número de analfabetos funcionais? Dados do Indicador de Analfabetismo Funcional, divulgados em julho de 2012, dão conta que 20% dos brasileiros, de 15 a 49 anos, são analfabetos funcionais, ou seja, aquela pessoa que, apesar de conseguir ler as palavras, não consegue entender e, consequentemente, interpretar a mensagem de um texto de até 10 linhas com até três parágrafos.
A mudança dessa realidade depende de conscientização e sensibilização. Para desenvolver novos patamares intelectuais, culturais e profissionais, a pessoa precisa necessariamente ampliar seu cabedal de conhecimento, o que torna a leitura fundamental. A neurociência já pesquisou e afirmou que a capacidade do cérebro humano é muito grande, e uma vida inteira de estudo e leitura intensivos não seriam suficientes para esgotar uma pequena fração de sua capacidade.
No Rio de Janeiro em relação a 2011, houve um acréscimo de 5,64% no número de unidades
consideradas precárias e uma queda de 8,91% de unidades consideradas boas.
Outros 43,07% dos colégios foram qualificados como razoáveis e apenas 15,89%
estão em condições boas. Em 20,51% não há sequer equipamentos de incêndio.
Torneiras e vasos quebrados, lâmpadas queimadas, infiltrações, fiação exposta e
reboco que ameaça cair são retratos de como algumas escolas foram encontradas
pela equipe de técnicos do TCM. Eis uma pergunta que não quer calar: - Qual será o motivo para não citar o estado das bibliotecas? Omissão ou descaso. E, aqui, como não sou dono da palavra - deixo as conclusões com o leitor.
Nunca está só quem possui um bom livro para ler e boas ideias sobre as quais meditar.
Renato Kehl
Nos livros aprende-se a fugir do mal sem o experimentar.
Camilo Castelo
Parafraseando Mark Twain, escritor e humorista norte-americano que viveu no século XIX e escreveu aquele que é considerado o maior romance americano “As Aventuras de Huckleberry Finn”: "Quem não lê tem pouca vantagem sobre quem não sabe ler."
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Passemos ao texto LEITURA de autoria de Adalberto Souza (Professor de Português) publicado na Revista Elos - Ano 01 - nº 10 - junho/julho - 2013